A Revista Evidência Gravataí, edição 131, traz em sua capa a jovem Isadora Dias da Silva, filha de nosso Associado Márcio Silveira da Silva, em foto tirada em nossa Estância.
Em sua seção Com a palavra..., traz também entrevista com nosso Presidente, Marcelo Vargas.
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quinta-feira, 30 de julho de 2009
Mina da Capa Nos finais de semana, não é difícil encontrar ISADORA DIAS DA SILVA (18) galopando com sua égua Tapera, em meio às maravilhas naturais da Estância Província de São Pedro. Desde cedo, a bela nutri a paixão pelos animais tornando-se uma presença constante no local, que se propõe ao cultivo das tradições gaúchas.
A adoração pelos cavalos surgiu quando Isadora ainda era bem pequenina. Vendo seu interesse, o avô Alcindo (85) incentivou seus pais Maria da Graça Dias dos Santos (50) e Márcio Silveira da Silva (51) a presenteá-la com um animal. Na época, Isa - como é chamada - tinha sete anos, mas já mostrava desenvoltura e sintonia com os equinos. E, assim, sua paixão pelo hipismo começou a aumentar. Tanto que, em 2003, ganhou o Campeonato das Hípicas de Porto Alegre, na categoria infanto-juvenil dos 80 centímetros. Atualmente, devido ao corre-corre diário, não realiza mais competições, mas está sempre em companhia de Tapera, seu grande xodó. "Antes, saltava com cavalo - o Embaixador -, pelo qual era apaixonada, mas, infelizmente, faleceu há alguns anos. Contudo, continuei tendo como companheira a Tapera, que é um verdadeiro encanto, por quem tenho um grande carinho. Ela e o Alan, que pertence à minha tia Suzana Silveira da Silva (57), são maravilhosos, mas não gostam de ser escovados e nem de tomar banho. Logo se rolam no chão", diverte-se.
Dona de um estilo próprio e beleza singular, faz faculdade de Design de Moda e Tecnologia, na Feevale, e divide seu tempo entre o lazer e os estudos. "Além de o campus ser um pouco longe, é um curso que requer muita dedicação e atualização. São diversos trabalhos ao longo do semestre", pondera a jovem que, no momento, curte as férias com passeios e viagens. A gremista, que já ilustrou nossa capa da edição 93, pretende se formar no final de 2011, mas ainda está decidindo qual área de sua profissão irá seguir. Nos períodos de folga, gosta de cavalgar, sair com os amigos e assistir a bons filmes ao lado de sua mãe. Sobre sua relação com os animais, conclui: "Sempre digo que, ao lado dos animais, não só dos cavalos, mas também de meus cachorros e da minha tartaruga, sinto muito amor e, muitas vezes, eles têm atitudes melhores do que as nossas".
Diversão em família
Suzana passou a interessar-se pelos cavalos logo que Isadora manifestou essa paixão. A Procuradora de Justiça sempre acompanhava Isa, que também é sua afilhada, nos treinamentos e competições que realizava. Ao conhecer a Estância, ficou encantada com as maravilhas do local e decidiu que, ali, seria o lar de seus cavalos. "Aqui, eles têm tudo o que precisam, não é somente um ‘dormitório’. A Estância é um verdadeiro pulmão para Gravataí. É um espaço no qual encontramos uma rica natureza, repleto de verde e belezas sem igual. Sempre que posso, venho aqui, para curtir todos os encantos que esse local oferece."
Com a madrinha, desenvolve sua verdadeira paixão.
Com a palavra...Marcelo Vargas: amor pelo que faz Ao pisar, há seis anos, pela primeira vez, nos 400 hectares da Estância Província de São Pedro, seu atual Presidente MARCELO VARGAS (56) foi hipnotizado pelo local, harmoniosamente talhado pela natureza. Levado pelas mãos do neto Lucas (13), apaixonado por cavalos, hoje é um dos mais fervorosos defensores desta paragem. Apesar de morar em Canoas, desloca-se com prazer, diariamente, a Gravataí para gerir, com muita dedicação, o cinquentenário "Clube de Campo". A esposa Regina (51), os filhos Leandro (30), Juliana (27) e Renata (22) e mais três netos entendem que a Estância é mais um de seus grandes amores.
Como nasceu sua relação com a Estância Província de São Pedro?
Nunca tive nada a ver com cavalos até perceber que, aos cinco anos, meu neto mais velho, o Lucas, nutria uma grande paixão por esses animais. Um amigo me sugeriu que o colocasse em uma hípica e foi o que fiz, em Porto Palmeira, de Campo Bom. Lá começou a saltar depois de o instrutor dizer que ele havia nascido para montar. Desenvolvi o mesmo gosto e decidi comprar cavalos, mas não tinha onde guardá-los. Me indicaram a Estância e, ao chegar aqui, foi amor à primeira vista. A conclusão foi que meu neto, hoje com 13 anos, trocou de paixões e agora só quer saber de namorar. Quem ficou fui eu, e meu amor por este lugar cresceu de tal forma que meu lazer é estar aqui com os amigos. Quer me ver feliz é quando subo no trator e vou para o campo. Já fui diretor do Departamento Hípico e conheço bastante tudo isso.
Em sua gestão, quais os projetos que já colocou em prática e quais estão por vir?
Estou no final do primeiro mandato do qual muito me orgulho, pois reorganizamos as finanças; implantamos o sistema de iluminação na avenida principal e nas adjacências da Estância; refizemos canteiros de flores ao longo da avenida com bromélias, a planta símbolo do município; construímos a nova churrasqueira, ao lado do restaurante; colocamos uma mangueira para a movimentação do gado nos 900 metros quadrados do local; estamos sempre limpando o campo; tirando as cercas velhas e refazendo nossos limites, em um trabalho constante de cercamento; construímos cocheiras e uma casa nova para o capataz Luiz Ademar de Antoni, o Padeco; reformamos dois galpões e construímos outro social e compramos novos e reformamos alguns dos brinquedos da pracinha. Um dos nossos objetivos é ampliar a utilização e transformar a casa branca em sede para os associados, pois atualmente serve apenas aos ensaios do Departamento de Tradições Gaúchas. Em nossos planos está, ainda, estimular mais a otimização do local por todos os 330 sócios, cuja maioria, hoje, é formada por gente de fora de Gravataí. Queremos ver todos aqui praticando as atividades que a Estância oferece, como passeios a cavalo, de carreta, caminhadas, aproveitando a natureza sem igual. Tem tudo aqui.
Para você, depois de 50 anos, a Estância continua a desempenhar o papel de estreitar os laços de amizade e priorizar as lidas do campo?
Sim, estes continuam, inclusive, sendo alguns dos objetivos deste clube de campo em que o espírito tem sido o mesmo ao longo dos anos e é por isso que ainda existimos. As lidas campeiras e construir amizades estão entre as prioridades de quem gosta de vir aqui. Só frequenta ou se torna sócio quem gosta justamente disso. Aqui é perfeito para quem gostaria de ter uma fazenda ou um sítio, pois a pessoa fica o dia todo executando os afazeres campeiros e de noite, se quiser, pega seu carro e vai embora para sua casa na cidade, sem o stress de se preocupar em pagar funcionários, em tratar os animais e outras tarefas diárias próprias da vida rural. Portanto, o sócio, através de uma pequena contribuição mensal, fica apenas com a parte boa, o puro prazer. Por isso, luto tanto pela preservação dessa terra como está, sem ceder à demanda imobiliária forte que atropela com o progresso, levantando novos prédios. Isso aqui é área ambiental e deve, por lei, ser preservada como está. É fantástico ver uma criança se impressionar ao descobrir uma simples galinha passando, pois a urbanidade deles impede que vejam como as coisas realmente são em sua origem. Sempre abrimos nossas porteiras para que as escolas de Gravataí tragam seus alunos para conhecerem de onde vem o leite da vaca, vierem um cavalo e sentirem a natureza. Isso é fundamental para o desenvolvimento da criança.
Atualmente, como é dividida a estrutura do local e quais as atividades possíveis de executar?
Temos um Departamento de Tradições Gaúchas bem atuante, uma hípica com capacidade para abrigar 110 cavalos, um Departamento Agropastoril e um Departamento de Tênis. Os sócios proprietários de cavalos podem hospedá-los na Estância, onde são tratados adequadamente. Os passeios nos animais são feitos pelos donos e não existe aluguel de cavalos para não-sócios.
Como espera que esteja a instituição nos próximos 50 anos?
Prevejo para o futuro uma luta grande pela preservação da entidade para que permaneça com essas características ambientais. Espero, com todo o meu coração, que consigamos salvaguardar este lugar para que seja desfrutado pelos nossos filhos, netos e por todos que vierem depois de nós. Para mim, o prazer é estar com meus amigos aqui e com meus cavalos, os manga largas marchadores Nobre e Níquel e o Crioulo Aragano, que é, na verdade, do meu neto Lucas.
Formado em Administração de Empresas, Marcelo está aposentado e seu tempo livre divide entre a família e a Estância. Gosta de fazer a churrascada de sábado com os amigos neste local, que já adotou como sua segunda casa.
E tem muito mais nessa edição:
Os Pulmões da Aldeia